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No dia seguinte percebi que não consegui dormir direito, por volta das 23 horas, Henry tinha me ligado e conversamos sobre os dias que não nos falamos, era tão bom conversar com ele, e o desejo de vê-lo só aumentou. Eu em todo tempo me perguntava se ele estava sentindo o mesmo que eu, ao mesmo instante que meu coração apertava se a resposta fosse o contrário.
Acordei, ou quase isso, com duas olheiras escuras e normes envolta dos olhos, é claro que as meninas iam perguntar o que havia acontecido.
Quando desci para tomar café, de cara me bati com Edu, e só então notei que tinha visto ele apenas de relançe ontem.

- Edu, nem ti vi direito ontem. Disse pra ele assim que o vi.
- Verdade Ann, me desculpe. O pessoal da banda me chamou cedo e passamos o dia inteiro jogando futebol, vôlei de praia e tudo que você imaginar. Falou Edu rindo.
- Tudo bem Edu, mas passa o dia hoje comigo e com as meninas.
- Certo, tomamos café e inventamos alguma coisa interessante para fazer. Aceitou ele, para minha alegria. Pelo menos já seria uma distração perfeita para mim.
- As meninas já acordaram? Ah, e Henry te ligou ontem?
- Henry? Perguntei sem entender do que ele estava falando.
- Sim, quando voltamos do luau vi uma ligação e uma mensagem dele, perguntando se você estava por perto.
- Ah, sim ele havia me ligado também, mas só vi de manhã mesmo e depois retornei para ele. Tentei falar o mais desprentencioso possível.
- Então beleza. Disse Edu, aparentemente sem entender minha tentativa frustrada de mudar de assunto.
No mesmo instante Cassie e Lua descem as escadas conversando e rindo alto, a essa altura os pais delas já estavam a caminho de volta à cidade.

Depois de tomamos café da manhã fomos à praia jogar conversa fora e tocar um pouco. Cassie e Edu cantaram e tocaram, rimos muito e na hora do almoço voltados para casa. Apesar de ocupar minha mente com outras coisas pensei bastante no Henry, sobre nossa conversa e o tom de voz dele tão doce e suave a telefone. De tarde perdi totalmente a vontade de fazer alguma coisa junto com a galera, fui para o quarto e disse que queria descansar um pouco, sei que acharam estranho, mas preferiram não questionar assim que prometi que desceria mais tarde.

- Meu Deus não sei o que esta acontecendo comigo, estou me apaixonando logo pelo Henry, porque meu Deus?
De joelhos aos pés da cama começei a conversar com Deus sobre o que estava sentindo, sempre fazia isso, mas dessa vez foi ainda mais intenso, era como se o que estivesse sentindo fosse algo anormal, inédito e realmente era.
Falei, falei e falei por longos minutos, uma mistura de prazer com ansiedade, culpa com alegria, empolgação com cautela. Pelo menos quando acabei de orar me senti mais aliviada e tranquila.
Percebi que havia passado duas horas depois que subi do almoço, tomei um banho e me arrumei para descer, quando o celular tocou, era uma mensagem dele.

" Oi linda, estou com saudades, queria poder te ver.
Quando você volta de viagem? "

Meu coração bateu rápido demais ao ler suas palavras, no mesmo minuto respondi:

" Oi Henry, provavelmente uma semana antes de começar as aulas.
Também estou com saudades de conversar com você. "

Não demorou muito e ele me mandou outra mensagem:


" Tá tão longe ainda, queria ver você...
Sei que nos falamos não tem nem 24 horas, 
mas sonhei com você está noite." 

"Oh meu Deus, ele sonhou comigo?! O que será que ele sonhou?" Pensei e de repente gelei, minhas mãos começaram a suar de ansiedade. Mas tratei de me recompôr e perguntei:

" Sonhou comigo?"

Apenas duas palavras, simplismente não sabia mais o que dizer. Ele retornou outra vez:

" Você esta perfeita como sempre, estamos em um jardim repleto de orquídeas lilás e rosas brancas, o sonho foi rápido mas essa cena perfeita ficou gravada em minha mente. "

Oh céus, orquídeas lilás e rosas brancas? Como pode? Essas são minhas flores preferidas...

" Sério? Essas são minhas flores favoritas. 
Como isso é possível, você sabia disso? Eu te contei isso? "
Ele respondeu incisivo:

" Não você nunca me contou isso, e quer saber? Não acredito em coincidência! "

Concordei com ele, eu também nunca acreditei em acaso ou coincidência, alguma coisa tinha aí, destino? Não! Um sinal? Mas, sinal de quê? Continuamos conversando sobre seu sonho misterioso e eu viajando em sua descrição encantadora. As horas se passaram, perdi a vontade de descer para ficar com as meninas e Edu, eles entretanto pareceram bem ocupados, pois ninguém foi me procurar durante a tarde toda...

Continua...

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