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Estava a muitas semanas sem ir à igreja no domingo, quando naquela manhã minha mãe avisou que seria a Santa Ceia, então decidi ir depois que ela já tinha saído com o meu pai foi para o quarto, peguei meu vestido favorito, vermelho com póas branco, saltei o cabelo e segui o caminho até a igreja que ficava a algumas quadras da minha casa. Assim que cheguei sentei nas últimas fileiras, me sentei quando todos ainda estavam de pé. Após alguns minutos o pastor pediu que todos sentassem e abriu a Bíblia para iniciar a pregação, não prestei muita atenção no versículo e como tinha saído às pressas acabei nem levando minha Bíblia, mas notei tudo que ele dizia e parecia que estava falando especialmente comigo, sobre tudo o que estava acontecendo na minha vida, pode isso ser possível? Logo pensei: "Minha mãe dele ter conversando com ele..." e então meus pensamentos foram interrompidos quando ele disse algo sobre o que eu estava fazendo, mas isso... isso ninguém sabia, não poderia saber, eu não havia contado para ninguém. Como ele sabe disso? Me deu uma vontade imensa de chorar, uma dor no meu peito, uma culpa devastadora, percebi o quanto estava longe de Deus, o meu Deus, como deixei isso acontecer comigo? O que realmente estava me levando para tão longe d'Ele, eu precisava descobrir. Finalmente o pastor anunciou e eu notei, o Henry, ele estava me afastando de Deus? Mas como? Por quê? Não podia aceitar aquilo, meu coração estava dilacerado, as lágrimas irroperam dos meus olhos e desabei em um choro sufocado, para que ninguém me visse daquele jeito, curvei a cabeça por alguns instantes e de repente senti uma mão suave e carinhosa no meu ombro. Deus? Só podia ser Ele! Eu sentia uma dor gigantesca, uma sensação de solidão tão terrível como um fogo que me consumia, teimava em levantar a cabeça, imaginando que aquele toque não era real, quando ouvi ele dizer: Ana? Eu estou aqui, vai ficar tudo bem. A voz doce e suave era de Edu, olhei para ele com meus olhos vermelhos, se aproximando, sentou ao meu lado e me abraçou. Edu não dizia nada, apenas me abraçava com ternura, enquanto eu chorava incessantemente, o remorso me invadia. Lá na frente o pastor disse para nos prepararmos para a Santa Ceia, quis ir embora, mas Edu falou: Essa é a sua oportunidade de recomeçar, Ana. De se arrepender e fazer do jeito certo agora. Assenti enquanto a ceia era servida. Ao chegar próximo a mim com temor peguei o pão e o cálice. A oração que fiz a seguir foi sincera, confessei os meus tão recentes erros e pedi perdão. Assim que abri os olhos, Edu não estava mais ao meu lado, no entanto sai de lá aliviada.

No dia seguinte...
Henry apareceu sorridente na porta da minha sala na faculdade, tentei retribui o sorriso, mas pareceu forçado. As lembranças da manhã anterior martelavam na minha mente, tudo que Deus falou comigo através do pastor ainda estava nítido, deveria por um fim naquilo, Henry não é a pessoa certa pra mim, definitivamente, não é. Estou decidida, eu acho, vou conversar com ele no final da aula.
- Oi meu amor. Disse ele com a voz mais sedutora possível, quando veio na minha direção.
- Oi... Henry! O intuito foi ser fria, mas soou mais como um apelo.
- Está tudo bem? 
Como ele podia me conhecer tão bem? Pensei antes de responder.
- Estou bem, sim. A gente pode conversar depois da aula? Essa disciplina é muito importante, não posso sair agora.
- Tranquilo, nos falamos depois então. Seu rosto pareceu confuso e ele insistia em não transparecer isso, eu sabia.

Apesar de ter dito a verdade e aquela aula ser realmente importante pra mim, não estava prestando atenção em muita coisa, rabiscava no canto da folha e meus pensamentos estavam presos nele.

Continua...


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