Mario Anzuoni/Reuters
O casal Rupert Sanders e Liberty Ross, antes das fotos do cineasta beijando Kristen Stweart virem a público
Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo
Para a alegria dos fãs da saga "Crepúsculo", tudo indica que Robert Pattinson perdoou a traição de Kirsten Stewart. Segundo sites e tabloides especializados em celebridades, os intérpretes de Edward e Bella estariam até pensando em se casar, mas, por enquanto, teriam feito um pacto de não transarem. Na casa de Rupert Sanders, porém, a paz está longe de reinar. Conforme as últimas notícias de Hollywood, o diretor com quem a atriz foi flagrada aos beijos não recebeu a mesma compreensão da mulher, a modelo Liberty Ross.Do UOL, em São Paulo
Mesmo continuando casada com Rupert, a moça tem sido vista acompanhada. Seria uma vingança pública? A probabilidade é grande. E pode funcionar? Talvez. Para alguns especialistas, pagar uma traição com a mesma moeda tanto pode reaquecer um romance quanto enterrá-lo definitivamente.
De acordo com a psicóloga Raquel Fernandes, a infidelidade pode funcionar como uma espécie de teste em relacionamentos que começaram há pouco tempo. "Como o casal ainda não se conhece com profundidade, e às vezes nem existe um compromisso sério, há a possibilidade de um dos dois trair com o objetivo de testar os próprios sentimentos", diz. "Então, o outro acaba fazendo o mesmo para dar o troco, porque também fica em dúvida". A decisão de ficar juntos ou não, nesse caso, tem mais a ver com a disposição para continuar a relação do que com a troca de chifres em si.
É possível que Liberty Ross sequer tenha trocado beijos com outro homem. Mas investir na linguagem corporal para insinuar intimidade com outra pessoa é o suficiente para provocar uma crise de ciúmes daquelas e considerar a vingança consumada. Imaginar, para alguns, provoca mais sofrimento e dor de cotovelo do que ter certeza do que está acontecendo.
Para a psicoterapeuta Gisela Castanho, a traição pode despertar emoções adormecidas. "Não recomendo, claro, mas o ciúme pode ter efeito afrodisíaco. Um homem, por exemplo, pode voltar a perceber o quanto a mulher é bonita e desejável depois de vê-la nos braços de outro", explica. E, para algumas pessoas, provar o gostinho do próprio veneno ajuda a avaliar as consequências das atitudes em relação aos outros.
Segundo o psicólogo e professor universitário Thiago de Almeida, mestre pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), cometer uma infidelidade em retaliação à outra é uma tática mais feminina do que masculina.
"Quando são traídos, os homens, em geral, rompem e nem querem ouvir as justificativas femininas. Já as mulheres que decidem dar o troco, como forma de autoafirmação, querem chamar a atenção", conta. "Para algumas, porém, é uma tentativa de elevar a autoestima que pode colocá-la ainda mais para baixo, principalmente se houver arrependimento", diz Raquel.
Entre os prejuízos da estratégia, tanto para homens quanto para mulheres, o rompimento ocupa o primeiro lugar da lista. Apesar de ter traído primeiro, e de possivelmente ter se arrependido do que fez, a pessoa que é alvo do revide nem sempre está disposta a encarar o episódio com desprendimento. E ações intempestivas têm o risco de machucar quem estiver em volta: filhos, amigos, familiares.
Outro perigo, para os casais que conseguem superar a infidelidade mútua, é transformar as puladas de cerca em algo recorrente, como forma de irritar ou se vingar. "O ideal é que a traição sirva para que homens e mulheres repensem a relação. Transformá-la em algo banal só vai aumentar o abismo entre eles", declara a psicoterapeuta Gisela Castanho
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