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A Gazeta de Longbourn apresenta: mais uma resenha fresquinha de Luciana Darce (representante da JASBRA-PE): These Three Remain


He loved her. It was as simple and as complicated as that.
Valeu à pena persistir na trilogia de Aidan, a despeito de muito ter deixado a desejar o segundo volume. Na minha opinião, de forma bem franca, mais valia ter pulado completamente todo o rolo de intrigas de Duty and Desire, e passar direto para Rosings e depois para o crescimento de Darcy após a magnífica resposta de Elizabeth Bennet a muito pouco cavalheiresca ‘primeira declaração’. É exatamente nesse ponto em que começamos o livro: Darcy decidiu de uma vez por todas deixar a lembrança de Lizzie ir embora já às portas de Rosings, quando de sua visita anual a Lady Catherine – só para encontrar a própria criatura que vem assombrando sua vida dormindo e acordado, fazendo-o ansiar por coisas que não têm lugar real em sua vida bem ordenada. Pouco a pouco, ele sucumbe ao encanto da moça e uma dos pontos interessantes do livro é exatamente mostrar como é que Darcy conseguiu confundir completamente as intenções de ‘La Bennet’ (como o Coronel Fitzwilliam a chama), acreditando piamente que mais que esperada, sua declaração era mesmo desejada. Após o fiasco de sua declaração, a princípio, Darcy sente-se traído, está raivoso do mundo, não consegue realmente entender como foi capaz de se enganar tanto. Mas após uma situação bastante complicada (que poderia ter se desenrolado num caso de chantagem, traição e dor de cabeça eterna para o senhor de Pemberley) e uma noite de bebedeira (e uma das cenas mais divertidas do livro é ver Darcy perdendo por um vez o controle, para muito além do seu limite em termos de brandy, o que é compreensível diante da enrascada em que ele quase se mete) para conseguir confessar aquilo que lhe está engasgado na garganta, ele finalmente percebe a realidade das palavras de Lizzie e começa a tentar emendar seus modos orgulhosos. E, é sempre bom lembrar que, quando ele o começa a fazer, Darcy não tem perspectiva nenhuma de voltar a encontrar Elizabeth. Ele procura mudar não para fazer com que ela reveja sua posição e se jogue nos braços dele, mas porque genuinamente deseja ser um homem melhor. É uma transformação fascinante, especialmente porque envolve mais que o próprio Darcy: você vê o crescimento de Georgiana (e devo dizer que a Georgiana de Pamela Aidan é uma personagem absolutamente adorável), a renovação da amizade com Bingley em termos menos presunçosos e mais igualitários, e, por conseqüência disso, um ganho de segurança por parte do Bingley – que o possibilitará mais tarde voltar para Jane. E, óbvio, há o reencontro com Elizabeth em Pemberley, quando ele menos esperava, e todos os fatos subseqüentes. Os sentimentos – e a forma de expressá-los – que ele professava por Lizzie antes nesse ponto ganham contornos muito mais maduros, respeito e admiração somados à paixão que o conseguira cegar completamente antes. These Three Remain é, enfim, um livro muito gostoso de ler, uma releitura à altura do original de Austen, mais que indicada para todos aqueles que amam o devotado e passional Mr. Fitzwilliam Darcy dos Darcy de Pemberley.

A Gazeta de Longbourn apresenta: mais uma resenha fresquinha de Luciana Darce (representante da JASBRA-PE): Duty and Desire
Of this he was certain: to be in her presence was to know delight in a more vivid sense than ever he had before
Começando de forma bem sincera: em comparação com o volume anterior, An Assembly Such As This, esse segundo volume da trilogia da Aidan deixa um bocado a desejar. Esse livro segue Darcy no período entre sua partida de Netherfield e sua chegada em Rosings. Assombrado pela imagem de Lizzie, ele volta para Pemberley, a fim de passar o período natalino com Georgiana, parte para Londres, onde continua semeando a dúvida na cabeça de Bingley sobre a força da afeição de Jane Bennet e por fim segue para uma festa na casa de um antigo colega de faculdade, onde as coisas parecem estar um pouco mais complicadas do que aparentam. A primeira parte da história vai bem na forma como mostra a preocupação de Darcy com a irmã, que só àquela altura estava começando a se livrar da depressão que o episódio com Wickham provocou; bem ainda como sua interação com a família – o Coronel Fitzwilliam, o Conde e a Condessa de Matlock, bem como seu irmão mais velho e herdeiro do título. Sua ânsia por Elizabeth, seu sonhar acordado com a moça caminhando por entre os corredores de Pemberley, e inclusive sua conversa com Georgiana sobre ela – tudo isso antes que ele pudesse, de fato, reconhecer para si mesmo o que sentia – são os pontos altos do livro. A questão é que esses pensamentos e desejos assustam Darcy, especialmente frente ao seu ‘dever’ de casar bem, com uma moça de família, fortuna e respeitável, que lhe possa dar um herdeiro à altura do sobrenome que há de carregar. E eis então que ele decide sair à caça de uma esposa, aceitando o convite de um antigo colega para ir visitá-lo num velho castelo no meio do nada, onde várias senhoritas de boa posição estão reunidas para uma festa. Só que o convite do amigo é uma armadilha que tem a ver com passar a meia irmã irlandesa para frente a fim de conseguir uma pequena fortuna para pagar os débitos advindos do jogo. E no meio você tem senhoritas despeitadas que foram no passado ignoradas por Darcy e agora querem vingança. E a coisa toda ressoa muito mais o clima gótico de A Abadia de Northanger (com direito a todas as intrigas pelas quais Catherine apenas pode suspirar) do que Orgulho e Preconceito. Enfim, esse é um volume de transição e embora eu possa entender algumas das escolhas que Aidan faz para que a história siga seu curso – os motivos que ao final levam Darcy a aceitar seus sentimentos e arriscar-se com Lizzie – a forma como ela construiu esses fatos não me agradou. Agora é partir para o último volume da trilogia e torcer para que ela consiga voltar a nos encantar como na primeira parte da saga.

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