A nova produção de Alan Taylor trás Thor de volta a Asgard em busca de restaurar a paz entre os nove reinos. Toda expectativa em volta do novo filme do herói alienígena criou uma super produção para divulgar o longa que tinha como promessa enraizar o super-herói em sagas futuras de grande sucesso.
A overdose de efeitos especiais, recursos 3D razoavelmente bem usado (não como deveria claro, pois as animações dão 10 a 0 nos filmes comuns quando a categoria é usar o 3D como se deve ser usado), lutas infindáveis, a mistura eloquente de cenários medievais e tecnologia avançada deixa um pouco a história sem pé nem cabeça. Fazendo a comparação com o primeiro filme de Thor, que grande parte se passou na Terra, ver o grandalhão interpretado por Chris Hemsworth no seu planeta natal foi satisfatório, mas em todo o filme era como se ele estivesse deslocado, como se ali não fosse o lugar em que ele deveria esta. A paixão entre ele e Jane Foste, vivido por Natalie Portman, não foi convincente em nenhuma parte da trama, esse deveria ser um dos pontos altos do filme, já que o enredo pareceu sem sal pela falta de objetivo até mesmo do grande vilão, que deixou de ser o irmão invejoso Loki, interpretado pelo talentoso Tom Hiddleston, que vale ressaltar foi o grande astro do primeiro longa de Thor e Os Vingadores, nessa produção ele também ganha destaque, apesar de esta boa parte da trama a margem dos acontecimentos.
Os efeitos visuais são incrivelmente lindos, o show dado para direção de arte digital é sem comentários e conseguiu ofuscar a tragédia da história mal contada. A ideia de criar um novo vilão, o elfo negro Malekith, que surgiu do nada e pra "nada" poderia ser mais trabalhada. A alusão a uma possível sequência pareceu forçada demais, sem contar no humor encarregado de tentar fazer a trama se tornar simpática para o público, achei bastante apelativa e desnecessária. Apesar de Chris Hemsworth ter toda a boa postura de herói, sendo forte e atlético, ele não convence com ar de bom moço apaixonado, nem a incrível Natalie Portman pôde salvar a atmosfera humanística e emocional que o romance entre os dois deveria trazer.
A referência de mulher forte e bem resolvida no filme, que sempre chama minha atenção, ficou exclusivamente por conta da personagem Friga, mãe do Thor e Rainha de Asgard, vivida por Rene Russo, e Sif, interpretada pela Jamie Alexander, as duas mostraram sua força e coragem no longa, bem diferente de Jane Foste, sempre como o mesmo ar sobriedade e neutralidade, nem o tal do éter, força sombria do vilão Malekith, conseguiu transforma a personagem de Portman em um ser forte e corajoso, deixou a desejar.
Mesmo com todos os pesares o filme continua desbancando as bilheterias e ultrapassando o sucesso do primeiro longa em dois fins de semana consecutivos. Agora é só aguardar o que Em Chamas fará com todo esse "sucesso". Logo mais tem a resenha da tão esperada sequência de Jogos Vorazes.
Mas e você o que achou de Thor 2?
Postar um comentário