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Confira os mitos e verdades sobre sexo anal na lista abaixo:
  • 1
    O pênis dele é muito grosso. Vai machucar?
    O pênis com o diâmetro exagerado traz mais desconforto na penetração e pode machucar, afirma o Dr. Afonso. "Por isso, para a prática, tem que haver uma lubrificação adequada e deve ser feita a dilatação da musculatura da região com ajuda dos dedos. O ideal é chegar até o terceiro dedo, antes da penetração definitiva com o pênis", explica. Sem esses cuidados, pode-se ferir no local: "O diâmetro exagerado do pênis pode provocar a laceração/ruptura do músculo que reverte o canal anal. Uma ferida pequena, mas extremamente dolorosa, com cicatrização difícil que pode perdurar por anos", alerta o proctologista.
  • 2
    A prática do sexo anal causa hemorroida?
    Nem poderia, como explica o especialista. "É o oposto", ele diz. "Inclusive, a dilatação desse tecido elástico do canal anal é terapêutica. Com a devida prescrição, um método de introdução funciona como tratamento contra a hemorroida", explica o Dr. Afonso. "O importante para corrigir a hemorroida é recolocar as veias no interior do canal anal e o movimento de introdução do pênis pode ajudar", esclarece o especialista. Lembrando que o tratamento precisa de acompanhamento médico e de que nada deve ser feito à revelia do paciente.
  • 3
    Qualquer produto emoliente serve para lubrificar o pênis?
    Segundo o proctologista, não convém arriscar com nada que não seja próprio para a aplicação no local. "Composições químicas variam muito e a pessoa precisa se deter ao fato de que aquele produto entrará em contato com a pele do canal anal e do reto, áreas sensíveis e muito peculiares do corpo", diz. "Produtos neutros, adequados para qualquer outra região, não necessariamente são neutros para a região anal", explica ele. Ou seja, não improvise!
  • 4
    Sinto vontade de evacuar. Pode acontecer?
    Se o reto não estiver preenchido com excesso de bolo fecal, é só um falso desejo. E, segundo o especialista, geralmente é um falso desejo. "O intestino não tem inteligência, então, a partir do momento em que a musculatura se contrai, ele entende que é para expelir algo, bem como acontece com o movimento na hora de evacuar", explica o proctologista.
  • 5
    O canal anal feminino é diferente do masculino?
    Segundo o esclarecimento do Dr. Afonso, são diferentes, sim, e o canal anal masculino exige um esforço maior para se adaptar à prática do sexo anal. "O canal masculino é mais longo e a musculatura é mais rígida. É mais difícil ainda", explica. 
  • 6
    O sexo anal exige alguma preparação?
    Justamente para evitar aquele desconforto que é a vontade de evacuar, é bom tomar alguns cuidados antes. "Se for tudo programado, há como se preparar com uma lavagem intestinal. Existem produtos próprios para isso, laxantes que funcionam com a aplicação local", explica o proctologista, alertando para a necessidade de consulta com um especialista para a prescrição. "Outra alternativa é a ducha higiênica, com um ajuste na pressão da água. Quando o líquido entra, automaticamente o intestino reage e sente a necessidade de evacuar", completa.
  • 7
    Fizemos todos os exames médicos, deram todos ok. Precisamos de preservativo?
    Sim, por todos os motivos - exceto o de evitar gravidez, claro. Mas, além das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), o especialista alerta para uma outra razão, que poucos dão atenção. "As bactérias que existem no intestino e não causam doença naquele órgão, podem, ao entrarem em contato com a uretra, causar infecção urinária. Ainda que não haja doenças sexualmente transmissíveis no receptivo e no ativo da relação, essas bactérias parasitas do intestino, nas vias urinárias, são muito agressivas", explica o Dr. Afonso.
  • 8
    Não tenho um brinquedo erótico 'profissional' para me divertir sozinho, mas tenho objetos parecidos em casa. Posso usá-los?
    O Dr. Afonso explica que, infelizmente, as pessoas abusam da criatividade na hora de satisfazer o desejo do sexo anal. Ele conta que, na rotina de um proctologista, é muito comum receber pacientes que introduziram objetos como copos, garrafas, embalagens de desodorante, lâmpada, entre outros, e que não conseguem expelir. E isso é muito perigoso, ele alerta: "Especialmente os objetos que não têm o diâmetro constante, como é o caso de uma lâmpada, por exemplo. Qualquer tipo de manipulação com objetos é muito perigosa e há de se alertar para o fato de que, se totalmente introduzido, ele não será eliminado espontaneamente. Será necessário um procedimento cirúrgico para retirá-lo", esclarece.


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