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Esta foi a pergunta que fiz nas redes sociais um dia destes. As respostas vieram às centenas. Ficou até difícil contabilizar. Estas são, comprovadamente, duas ofensas graves a qualquer mulher. Algumas diziam que preferiam ser chamadas de burras, pois sabiam que não eram. Outras, preferiam ser chamadas de gordas, porque sabiam que eram. Houve quem dissesse que era melhor ser chamada de gorda porque esta era a opção reversível. Ainda houve quem dissesse que o pior mesmo era ser chamada de gorda burra. Ou de burra, por ser gorda ou gorda por ser burra. Confesso que me diverti muito com a enquete e a argúcia de minhas interlocutoras.
 
É tão fácil ofender uma pessoa, não é mesmo? As opções acima podem machucar e até mesmo, dependendo de como e por quem são ditas, causar traumas em qualquer pessoa. Chamar alguém de burro pressupõe que quem diz é mais inteligente do que quem é nomeado. Difícil saber quem é burro e quem é só ignorante. Medir inteligência não é medir sabedoria. Comparativamente, nem sempre o mais rico é o mais feliz ou o mais bonito é o mais amado. Mas chamar alguém mais humilde de pobre ou alguém menos vistoso de feio podem estabelecer uma superioridade aparente e magoar. Será que há superioridade em quem age com crueldade? Fica a questão.
 
Observando hábitos das cidades em que mais vivi, Rio e São Paulo, reparei que os xingamentos que mais ofendiam aos homens eram diferentes nas duas cidades. Paulistanos se ofendem muito quando são chamados de trouxa. Cariocas quando são chamados de palhaços. Feio ou gordo são ofensas menores. O fato é que as ofensas que se referem ao corpo ou figura da pessoa incomodam, mas no caso dos homens parece mesmo que burro (palhaço e trouxa são variações do tema) é que é o problema.Acredito que corno também seja um rótulo difícil de lidar. Mas ao homem é uma ameaça ser passado para trás enquanto a mulher teme ser vista como menos atraente. Isto se é verdade que o “gorda” ofende mais intimamente (como alguém mencionou na enquete) do que o “burra”. Porque este é mais subjetivo do que aquele. A burrice é difícil visualizar, o culote ou barriga não.
 
Ouvi dizer que a gente aponta nos outros as coisas que nos incomodam em nós mesmos. Quando colocamos o indicador em direção a alguém temos três dedos apontados para nós mesmos. Faça o gesto e comprove. Dito isto, não adie o elogio e nem poupe as palavras gentis ou afetuosas. Falar da vida alheia pode ser o esporte número um dos brasileiros. Saber-se elogiado, no entanto, é ainda mais divertido. 


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