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Uma jovem publicou um depoimento no blog de uma revista adolescente feminina e isso gerou manifestações inflamadas de toda sorte. Ela contava sua traumática primeira vez. Vou resumir a história para que, depois, a gente possa refletir sobre. Pois bem. Disse ela que conheceu um rapaz e ficou com ele na mesma noite. No dia seguinte, convidou-o para ir à sua casa e lá, a sós, a temperatura continuou a subir, o que era natural. Ela descreve o que ocorreu em seguida como “ele forçou a barra e eu não soube dizer não”. Alegava que tinha medo de negar e depois o cara perder o interesse. O que, mesmo tendo sido sua sonhada primeira vez, acabou acontecendo. 

Muitos diziam, ao ler isto, que esta era a narração de um estupro. Um tanto de exagero, ao meu ver. Eu ficaria com a versão do estupro, caso ela assim nomeasse, mas ela não o fez. Ela apontava, sim, a uma experiência mal conduzida pelos doism como um abreviamento do que poderia, em circunstâncias mais adequadas, ter sido uma experiência bacana. Ela queria, ele queria, não era a hora. Ela não quis, ou não soube dizer não para não parecer careta, e ele não quis perder a viagem, raciocinando “me chamou na casa dela, pra ficar a sós e me agarrou: tá a fim”.  Oras, não é de hoje que estes papéis precisam ser revistos. Os dois. Os atores mudam, mas a novela continua a mesma.

Nem a mulher precisa fazer doce para se valorizar e nem o homem precisa “alcançar o objetivo o mais rápido possível” quando a situação toda não parece suficientemente favorável. Claro que ela pode não ter explicitado um não mas sua atitude corporal dificilmente poderia ter sido confundida com um sim.  A mulher, por outro lado, não precisa aderir ao sexo fácil para não ser vista como travada. E nem o homem precisa ser afoito para demonstrar que é determinado. Pressa é falta de habilidade. Negociar com sexo é besteira. Sexo não é uma coisa que se troca por afeto. Sexo é uma maneira de manifestar afeto. 

Se você quer comer alguém, meu amigo, algum nível de interesse, um mínimo de afeto, há de estar sustentando este desejo. Mesmo que você não saiba o nome da criatura! Fugir deste sentimento e acreditar que é só a natureza seguindo seu rumo, é uma forma de lidar com a história. É medo. E a ignorância de que não há nenhum afrodisíaco mais eficaz do que a paixão. Ou seja, declarar amor eterno até a manhã seguinte é melhor que demonstrar desinteresse a tudo o que está em volta dos quadris dela. Fica a dica.

Se você tem desejo, moça, você não precisa esconder. Você pode e deve manifestar isto da forma que quiser, bem como explicitar suas dúvidas e cautelas, com a mesma liberdade. Ninguém te dá prazer, você o conquista. O senso comum, o que os outros dizem que fazem, o julgamento alheio, enfim, é só uma enorme mentira que andam contando por aí. Lembre-se, amiga: pau duro não é obrigação, é merecimento. No jogo do amor é melhor ser parceira que troféu.

Ou você acha mesmo que os brasileiros são uns furacões na cama, com membros enormes e que transam várias vezes numa noite? Você acha mesmo que as mulheres brasileiras são as destravadas, liberais, que gozam feito loucas e têm uma autoestima do tamanho de suas bundas? 
Pode ser, mas  acho que não.  

Ah, mulheres devem propor sexo quando sentirem vontade. E ficarem tranquilas se receberem um não. Sim, homens podem esperar uma proposta feminina e podem, perfeitamente, dizer um não sem, com isso, colocar sua reputação em risco. O que vale para um vale para o outro. É disto que trata a igualdade.




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