Uma parte significativa dos teens de hoje dorme com o namorado ou a namorada... na casa dos pais. Ou na casa do sogrão. Isso mesmo: 23% dos adolescentes já fizeram sexo no quarto onde dormem. Isso significa que uma em cada quatro famílias brasileiras pode estar se acostumando à ideia de colocar uma xícara extra para o namorado da filha – ou a namorada do filho – na hora do café da manhã. Há até casos de pais que incentivam esse contato, digamos assim, doméstico.
Há duas interpretações possíveis para o fato. A primeira, mais romântica, é que a geração "sexo, drogas e rock'n'roll" está levando a teoria à prática. Gritos e sussurros no quarto ao lado seriam impensáveis para os que tinham filhos adolescentes em casa nos anos 50. Para a turma que hoje tem 40 anos, essa ideia não é tão assustadora. A segunda explicação tem a ver com a preocupação com a segurança. Os pais aceitam que os filhos façam sexo em casa porque estacionar o carro numa rua deserta é perigosíssimo, e ir à noite até um motel distante também pode ser arriscado. Alguns pais permitem esse tipo de coisa, mesmo discordando, apenas para não parecer caretas. Os pais avançaram muito nesse campo pelo simples fato de debater o tabu. O verdadeiro desafio, no entanto, continua: é preciso que pais e filhos falem sobre sexo.
"Há gente que deixa que os filhos façam sexo em casa, mas não dá nenhum tipo de orientação sobre o assunto, como usar camisinha, por exemplo".
"É pura e simplesmente por preguiça de tratar do tema." Fica o convite: depois de deixar o sexo acontecer no quarto ao lado, que tal discuti-lo a sério na mesa da sala de jantar?
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