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Convivência
1- Ato ou efeito de conviver, companhia, convívio.
2- Trato constante, diário.
Conviver
1- Viver em comum com outrem, em intimidade, em familiaridade.
2- Viver em comum.

Desde sempre convivemos com diferentes pessoas, de modos diferentes e com diferentes dinâmicas. As convivências variam de natureza, de grau e de intensidade. Existem nas mais diferentes formatações. O inquestionável e absoluto é que nós, seres humanos, somos sociais e gregários, e nossa organização nos expõe à convivência desde o nascimento.
Quando uma característica é comum à maioria, achamos que se trata de algo natural e, portanto, sem dificuldades de fluidez em seu estabelecimento. Nesse caso, dá-se justamente o contrário. Temos grande dificuldade em conviver porque de certa forma, além de sociais somos também egóicos e uma coisa parece provocar turbulência na outra. Relacionamentos pressupõem movimentos contínuos e dissonantes entre diferentes desejos, vontades, visões, opiniões, resoluções e atitudes. Querer ter a vontade o tempo todo atendida nos coloca no dilema de termos que abrir mão do desejo imediato. Está formada a confusão.
Quais são os limites entre ceder saudavelmente e ceder excessivamente? Normalmente o que encontramos são pessoas que tentam sempre impor a sua vontade e, quando não conseguem, deixam isso bem claro, emburrando e ficando de mau humor ou má vontade. Há aqueles que têm dificuldade em expor e assumir seus desejos e estão sempre colocando o de outros na frente. Em ambos os casos as posturas são indevidas e nocivas à boa convivência. Os autoritários, por razões óbvias, e os “bonzinhos” acabam cobrando alto por tanta covardia. Esse preço recairá sobre a relação. Muito comum é vermos essas pessoas adotando um papel de vítima e com isso gerando um débito eterno e impagável naqueles com quem convivem.
Assertividade. Esta é a solução da questão. Ser assertivo significa ser capaz de detectar e expressar seus desejos, encontrando igual conforto diante da situação de dizer “sim” e a de dizer “não”. Não saber lidar com a frustração de ter seu desejo imediato atendido é tão danoso quanto não saber dizer “não”. Ficar escrava de atender as expectativas das pessoas é uma prisão eterna e precisa ser vista como algo sério e capaz de comprometer toda a vida. Os assertivos lidam bem com essa natureza de conflito e costumam ser pessoas claras, agradáveis, com grande flexibilidade e senso de humor.
É sempre bom lembrar que queremos, desejamos e precisamos conviver. As pessoas são tão mais queridas na medida em que demonstram maturidade e alegria nas trocas. Aprender a lidar com frustração é tarefa que se inicia na primeira infância. A educação familiar é bastante responsável pelos recursos que cada um aprende a desenvolver para lidar com a natureza ditatorial dos desejos e vontades. É muito importante que saibamos que todo ganho representa uma perda e que possamos nos fixar nos aspectos positivos das situações.
Se você é uma daquelas pessoas que só ficam felizes quando atendidas em seus desejos imediatos, ou daquelas que sequer expressam o que querem, cedendo sempre, procurem ajuda logo. Há outras formas mais agradáveis e construtivas de convivência.




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