Susan Souza
Especialistas apontam indícios a serem observados pelos pais no dia a dia que comprovam maturidade e autonomia
Viagens de intercâmbio têm o objetivo de romper, positivamente, com a dependência que os jovens têm dos pais. Longe de casa, eles precisam aprender a solucionar problemas cotidianos sozinhos e a obedecer regras de um outro país, além de descobrir maneiras de lidar com a saudade.
Com a decisão de fazer intercâmbio tomada pelo adolescente e pelos pais, os adultos devem ficar de olho no jovem para entender qual o nível de autonomia dele.
“Quando os pais oferecem a possibilidade de intercâmbio ao filho ou quando ele expressa o desejo de viajar, começa o período de observação para saber se ele consegue lidar com assuntos do cotidiano sozinho”, diz a psicóloga Maria Aparecida das Neves.
>> Veja sinais de que eu filho está preparado para estudar fora do país:
Iniciativa própria: a vontade de viajar precisa partir do filho. O interesse dele em fazer intercâmbio é sinal de maturidade
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Fuga: os pais devem observar se os filhos não querem viajar apenas para sair de uma situação delicada como bullying, notas ruins ou problemas familiares
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Bons antecedentes: ter boas notas e noção das obrigações escolares torna o filho mais preparado para vivenciar compromissos no exterior por conta própria
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Atenção ao lar: arrumar o quarto sozinho e cuidar de outras tarefas domésticas são indicativos de maturidade e preparo
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Relacionamentos interpessoais: se o jovem consegue estabelecer e manter laços de amizade é um bom sinal
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Mesada: se o jovem consegue planejar para que a mesada dure o tempo estipulado, lidar com uma moeda estrangeira não será um problema
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Disciplina com horários: se, juntos dos pais, o jovem consegue cumprir horários para acordar, estudar e outros compromissos, indícios de maturidade se ampliam
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Confiabilidade: um filho em quem se pode confiar um recado ou documento demonstra credibilidade
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Liberdade: um filho que não abusa da autonomia oferecida no Brasil e cumpre horários e manda notícias pode estar pronto para fazer um intercâmbio
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Expectativas: jovens que conseguem lidar com frustração estão preparados para viajar. Caso algo não saia como planejado, ele conseguirá superar o problema
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“Não aconselho os pais a mandarem um filho para um intercâmbio quando ele dá problemas por aqui. Se aqui o jovem não está focado ou interagindo de maneira adequada com as oportunidades que tem dentro de sua faixa etária, morar fora pode trazer problemas que ele não consiga resolver”, explica Maria Aparecida.
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Além disso, é primordial entender a razão que impulsiona o filho a deixar a rotina para trás e embarcar para outro país. “É preciso checar qual a motivação do jovem para fazer o intercâmbio e se certificar de que ele não está fugindo de bullying, notas ruins na escola ou de uma situação familiar delicada, por exemplo. A viagem não pode ser uma fuga”, explica a psicóloga Karin Kenzler, do Colégio Humboldt.
Preparação
Para os pais que não conseguem ainda confiar 100% no filho, mas mesmo assim querem que ele tenha uma experiência de estudos em outro país é possível adequar o intercâmbio para casos específicos. Isso porque muitas agências de turismo conseguem ajustar seus pacotes às necessidades da família, observando as qualidades e dificuldades dos jovens de cada faixa etária. É possível, inclusive, manter um contato mais estreito com o intercambista.
“Para menores de idade, os pais são naturalmente mais exigentes, o que deixa os programas um pouco mais caros. É possível, por exemplo, manter um acompanhamento completo da rotina do jovem no outro país. Ele pode ser monitorado em diversas atividades ao longo do dia”, explica Carolina Niero, supervisora de vendas da Bil Intercâmbio.
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