Raquel Paulino
Sexo, morte, fé, homossexualidade, divórcio e de onde vêm os bebês: a conversa com cada faixa etária exige um tipo de linguagem e um nível de aprofundamento diferente
Curiosos na infância e contestadores na adolescência, os filhos mais cedo ou mais tarde levarão para o centro das discussões familiares assuntos tabu, como sexo, morte, fé, homossexualidade, divórcio e de onde vêm os bebês. Conduzir tais conversas de forma natural e esclarecedora é a melhor maneira de ajudar na construção do conhecimento deles, que precisam estar seguros de que podem contar com os pais para sanar quaisquer dúvidas.
Não existe uma idade exata para isso, pois tudo depende do amadurecimento de cada indivíduo. Tentar se antecipar e levantar os temas para evitar “surpresas” não é uma boa estratégia. “O melhor é esperar o interesse se manifestar e então lidar com ele da maneira mais adequada para cada situação”, recomenda Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia – ABPp.
Muito dessa adequação tem a ver com a idade. “A curiosidade nunca acaba, mas à medida que os anos passam, o tipo de pergunta fica diferente”, explica a terapeuta familiar e psicanalista infantil Anne Lise Scappaticci. Julia Milani, pedagoga, arteterapeuta e psicomotricista da Assessoria Educacional Terceiro Passo, detalha: “A criança menor precisa de explicações mais concretas, porque ainda não tem experiência suficiente, não é capaz de abstrair ideias vagas. Com o pré-adolescente e o adolescente a conversa pode ganhar novos contornos e pormenores”.
Confira no infográfico abaixo como falar com seu filho, de acordo com a faixa etária em que ele esteja, sobre sexo, morte, fé, homossexualidade, divórcio e de onde vêm os bebês.
Fonte: Como falar com seus filhos sobre tabus»
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