Fátima Protti
Sexóloga e colunista do Delas explica essa facilidade para o orgasmo e orienta leitora sobre como evitar situações constrangedoras
"De um ano para cá comecei a ter muita facilidade para chegar ao orgasmo. Um beijo já é suficiente para eu gozar. Os homens gostam, mas alguns não se sentem à vontade para me beijar em público. Gostaria de saber como controlar isso para que não aconteça em certas ocasiões. Tenho orgasmos múltiplos e após a transa chego a desmaiar por estar sem energia. Tenho receio de que os homens fiquem magoados por não dar atenção a eles após o sexo. O que fazer?"
Muitas mulheres têm ausência ou dificuldades para ter o orgasmo, enquanto outras chegam ao clímax com facilidade. Isso varia de mulher para mulher e está relacionado com a sua história de vida: sexualidade, parceiro, expectativas, experiências, comportamento, e entrega afetiva e sexual.
A excitação máxima acontece no cérebro e ele transmite sensações para todo o corpo. Segundo pesquisas, o orgasmo pode acontecer apenas com o pensamento, sem qualquer estímulo físico.
Em geral, o orgasmo ocorre pela estimulação tátil de regiões do corpo, mas não é raro acontecer ao ouvir certas palavras ou frases, assistindo um filme ou sonhando. Durante um sonho erótico, fantasias inconscientes são ativadas trazendo à tona nossos desejos mais lascivos. Com os movimentos corporais, algumas zonas erógenas são estimuladas, levando ao gozo.
As zonas erógenas são regiões onde se concentram grande número de terminações nervosas que, ao serem estimuladas, promovem o prazer. Na mulher, o clitóris é o principal órgão do prazer.
Mas, na mucosa também se encontram um grande número de terminações nervosas que se estimuladas podem levar ao clímax. É assim com vagina, ânus, glande do pênis e boca.
Durante o beijo de língua estimulamos essas terminações, nos ligamos às sensações e adicionamos uma pitada de fantasia. Não é à toa que algumas adolescentes relatam ter orgasmo apenas beijando o namorado.
É isso que acontece com você, cara leitora. Durante o beijo sua excitação atinge o ápice. Duas medidas podem ser tomadas para evitar o constrangimento: os beijos prolongados podem ser evitados em público ou cortar o estímulo assim que a excitação começar a subir.
Quanto aos desmaios pós-orgasmo, isso é bastante incomum. Acredito que a ocorrência não deixa o homem chateado, mas assustado por não saber o que fazer, principalmente na primeira vez. Procure um médico para uma avaliação, já que o sintoma é frequente.
* Fátima Protti é psicóloga, terapeuta sexual e de casal. Pós-graduada pela USP e autora do livro "Vaginismo, quem cala nem sempre consente". Escreva para a colunista: delas_amoresexo@ig.com.br.
Fonte: “Um beijo já é suficiente para eu gozar”»
Postar um comentário