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Giovanna Tavares


Orientação dos pais é fundamental para que os filhos percebam a má postura e tenham hábitos mais saudáveis. Veja situações que merecem atenção e quando procurar o médico

Tensão muscular e reclamações de dores nas costas, no pescoço e na nuca podem indicar problemas importantes. Para evitar que essas dores se agravem no futuro e comprometam o desenvolvimento saudável das crianças, é importante que os pais fiquem atentos à postura delas desde o primeiro engatinhar, já que é na infância que a estrutura óssea irá se desenvolver mais.


“Quando falamos de criança, ela pode desenvolver um problema desde o momento do nascimento. O parto força a coluna cervical barbaramente. Ela terá mais probabilidade de problemas de coluna se tiver passado por uma cesárea ou por um nascimento com dificuldade”, afirma Flávio Calixto, especialista em chiropatia e coordenador do Instituto Brasileiro de Coluna.


Ainda na primeira infância, podem surgir mais sinais de alerta. Se o bebê se recusa a engatinhar ou tem dificuldades de coordenar movimentos das pernas e das mãos ao mesmo tempo, optando por engatinhar com o bumbum, por exemplo, é preciso ficar atento. A criança pode estagnar nesse movimento durante alguns meses e não apresentar evolução. Se isso ocorre, é preciso buscar orientação médica. Pode ter havido alguma microlesão nos membros envolvidos no movimento de engatinhar, o que impediria o bebê de se movimentar por conta própria.


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“Se a criança reclama de dor nos pés ou nos joelhos depois de andar um pouco, a mãe precisa prestar atenção e não levar tudo como se fosse só manha infantil. Pode ser problema de pé chato, joelho encurvado, uma perninha menor que a outra ou demais desvios comuns por volta dos dois ou três anos de idade. Eles podem ser corrigidos com o crescimento da criança. Se a queixa é contínua, aconselhamos que os pais busquem um especialista”, afirma Denise Bedoni, pediatra da ClinKids e do Hospital Leforte.


Costas eretas


Segundo Flávio Calixto, uma condição que pode agravar os problemas de postura entre as crianças é o sedentarismo. Familiarizar os pequenos com alguma atividade física prazerosa desde cedo, como natação, futebol ou uma recreação comum, como aulas de educação física, é uma maneira de fortalecer a musculatura do corpo, prevenindo a má postura.


“Na escola e nas aulas de recreação, a gente pode perceber algumas situações, como falta de coordenação motora, pés tortos, algum desvio na coluna e aí passamos para o pediatra, que irá pedir algum tratamento específico para aquela criança”, explica o educador físico Marcelo Mancini. Para ele, faz parte da infância poder pular, correr, brincar e se machucar, por isso os pais precisam incentivar a liberdade dos filhos.


Embora o ideal seja que as crianças estejam em movimento a maior parte do tempo, não há como privá-las de atividades que requerem pouco exercício físico, como ver televisão, jogar videogame e ficar no computador - principalmente se elas estiverem chegando à adolescência, período em que estar conectado o tempo todo é extremamente comum.


Não é necessário proibi-las, mas os pais precisam ter um controle das horas que as crianças dedicam a essas atividades.


“Se o adulto deixar a criança o dia inteiro lá no computador ou no videogame, sem se importar, os problemas de postura vão surgir naturalmente, até pela posição em que ela precisa ficar para conseguir jogar”, observa Marcelo.


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Estimular que os filhos mantenham as costas eretas durante esse período em que estão parados, como na hora de estudar ou de mexer no computador, é outra maneira de prevenir as dores nas costas e a má formação da coluna, que pode evoluir, na fase adulta, para problemas como a escoliose, cifose ou lordose.


“A gente percebe que muitos adolescentes preferem fazer a tarefa de casa na cama, mexer no computador ou no tablet quando estão deitados, situações que favorecem a posição anômala da coluna. Os pais devem orientá-los para que eles se sentem numa posição ereta, com a posição do monitor acompanhando a altura dos ombros. Senão, a criança adquire o hábito de ficar encurvada e é muito mais doloroso mudar isso lá na frente”, pontua Denise Bedoni.


As mochilas que as crianças carregam para ir à escola também merecem atenção. A dica da especialista Denise é que os pais busquem alternativas para diminuir o peso das malas, com a opção por cadernos com duas ou mais disciplinas e a distribuição correta deles ao longo da semana.


“Outro hábito que deve ser cortado pelos pais é o de usar apenas uma das alças da mochila, que acaba forçando o desvio da coluna com o tempo”, ressalta ela.


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Fonte: Problemas relacionados à postura podem aparecer antes de engatinhar»

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