Ana Domingues
Sentimentos e opiniões dos filhos devem ser respeitados desde o nascimento
Ao nascer, a criança já expressa seus sentimentos e vontades. É comum, principalmente quando os filhos ainda não sabem falar, que os pais decidam por eles o que vestir, comer e fazer. Mas assim que vão crescendo e aprendem a expor seus sentimentos, os pequenos já querem decidir por si só. E não há nada de errado nisso.
Nessa hora nem sempre é fácil encontrar um equilíbrio entre o que é ou não permitido à criança. “Um filho, desde seu nascimento, é um ser humano com desejos, sentimentos, sensações e experiências diferentes dos pais”, explica a psicóloga Cristiane Alves Lorga. O casal precisa estabelecer uma forma para respeitar a individualidade da criança e, ao mesmo tempo, impor limites para evitar um comportamento indesejado.
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É hora de estimular a independência e a socialização das crianças
Normalmente a hora da refeição é quando a criança esboça suas vontades com mais veemência. Caretas, choro e reclamações são reações comuns quando a comida não agrada. É nesse momento que os pais devem ter habilidade para convencer o filho de que alguns alimentos são fundamentais para o seu desenvolvimento e por isso devem ser inseridos na rotina alimentar.
Isso não significa que, vez ou outra, você abra exceções. Uma boa dica é reservar um dia da semana para que seu filho escolha o que quiser de lanche, por exemplo. Mas nunca permita este comportamento todos os dias. A educação alimentar é fundamental.
Outro ponto importante no desenvolvimento da individualidade da criança é mostrar que a opinião dela é considerada dentro do ambiente familiar. Para Maria Aparecida das Neves, psicóloga-clínica, as crianças estão cada vez mais seguras de si, mas os pais precisam estimular os filhos a descobrirem sua personalidade. “É preciso incentivar que eles se expressem. Os pais podem, por exemplo, pedir a opinião do filho para decidir assuntos básicos da casa, desde que os temas sejam adequados para a sua idade”, comenta.
Um canto para chamar de seu
Uma forma positiva de mostrar o respeito à individualidade dos filhos é criar um espaço só dele. O quarto, por exemplo, é um ambiente onde a privacidade da criança merece ser respeitada. Para que o local fique ainda mais pessoal, a psicóloga Maria Aparecida recomenda que a criança participe das decisões da decoração, por exemplo.
Além disso, um canto na casa representará à criança um espaço privativo para descansar, brincar, guardar coisas importantes e até chorar.
Entretanto, atividades da casa devem ser respeitadas – como a hora de dormir. É fundamental que a criança, ao desenvolver sua personalidade, aprenda a respeitar regras que a família impõe.
O importante é que os pais ajudem os filhos a descobrirem suas singularidades e durante esse processo, ajudem a desenvolver comportamentos positivos. Assim, além de se sentir aceita, a criança se tornará um adulto melhor.
Fonte: Aprenda a respeitar a individualidade da criança»
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