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Pesquisa australiana apresenta perspectiva animadora sobre desenvolvimento intelectual de crianças que nascem antes do tempo, mas médicos pedem cautela na análise dos resultados

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Um novo estudo australiano oferece dados potencialmente reconfortantes para pais de bebês prematuros que estão preocupados com o desenvolvimento intelectual dos filhos: na adolescência, muitas dessas crianças conseguem se igualar àquelas que nasceram a termo.


Entretanto, alguns especialistas americanos destacaram que os resultados podem ser excessivamente otimistas, já que apenas os bebês prematuros mais saudáveis foram estudados.


Três semanas


Para classificar um bebê como prematuro ele deve ter nascido mais de três semanas antes da data provável do parto. Pode parecer pouco, mas, como explica Deborah Campbell, chefe de neonatologia do Hospital Infantil em Montefiore, em Nova York, o volume do cérebro normalmente dobra nas últimas semanas antes do nascimento.


"Há um enorme crescimento e muita atividade cerebral no último mês da gravidez”, afirma.


Sem esse tempo dentro do útero para que o cérebro se desenvolva normalmente, prematuros podem vivenciar diversas complicações, incluindo problemas de memória e cognição. "Entre os prematuros, 50% das crianças terão problemas de aprendizagem", disse Campbell.


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Os pesquisadores australianos descobriram que os indicadores mais fortes da capacidade de pensar em adolescentes que nasceram prematuramente parecem ser uma combinação de fatores que ocorreram antes e depois do nascimento, mais particularmente peso, altura e nível socioeconômico ao nascer.


Dentre estes fatores, a boa nutrição precoce e a rica estimulação física e intelectual no ambiente doméstico parecem ser determinantes para o bom desenvolvimento da criança, concluíram os autores do estudo. A pesquisa foi publicada recentemente no The Journal of Pediatrics.


Habilidades


Para o estudo, Lucas Schneider e seus colegas da Universidade de Adelaide estudaram 145 adolescentes que nasceram prematuramente: 78 meninos e 67 meninas. A idade gestacional - que é normalmente entre 40 e42 semanas - variou de 25 a 41 semanas. Nenhum dos participantes tinha ultrassonografias cerebrais anormais no nascimento, qualquer doença genética, cromossômica ou síndrome conhecida ou deficiência física ou intelectual que pudessem interferir com a capacidade de seguir as instruções.


Os dados relacionados a idade gestacional no nascimento, peso ao nascer, altura e peso atuais, perímetro cefálico ao nascer e nível socioeconômico também a época do nascimento (baseado em endereço e ocupação, emprego e renda dos pais) também foram coletados. As habilidades de pensamento dos adolescentes foram avaliadas por meio de testes padrão.


Amostragem


Os pesquisadores notaram que únicos prematuros extremos que foram incluídos no estudo tiveram bom crescimento fetal no momento do nascimento. Como resultado, eles reconheceram que a amostra pode não ser representativa de todas as crianças prematuras.


A especialista Catherine Herway, diretora-assistente de medicina materno-fetal do Hospital Universitário de Staten Island, em Nova York , concorda que a pesquisa pode não refletir o espectro completo de prematuros.


"Esta é uma imagem um tanto ‘cor de rosa’ do nascimento prematuro", disse.


Herway acrescentou que estava preocupada porque a pesquisa sugere que os problemas de prematuridade podem ser resolvidos na adolescência. Com isso, o estudo poderia estimular uma tendência atual em que as mulheres estão pedindo que seus bebês nasçam por volta de duas semanas antes da provável data do parto.


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"A razão número um é que as mulheres estão cansadas de estarem grávidas. Não gostam de seus pés inchados ou de dor nas costas. Eu não as culpo, mas é uma escolha aguentar o desconforto para que seu filho tenha uma vida saudável", disse Herway. Campbell e Herway não estavam envolvidas com o estudo australiano.


Riscos para a saúde


Campbell incentiva os pais de prematuros a monitorar o desenvolvimento de seus filhos e garantir que eles estejam cumprindo as metas apropriadas.


"Não é uma questão de ter dinheiro ou não", disse ela. "Qualquer pessoa pode criar estímulos diferentes de desenvolvimento, pode conversar com seus filhos e apresentá-los ao mundo."


No entanto, mesmo com o apoio dos pais cuidadosos, a prematuridade é um risco para a saúde ao longo da vida, disse Campbell. Adultos que eram prematuros podem ter um maior risco de problemas do trato respiratório superior e síndrome metabólica, uma combinação de anomalias fisiológicas que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, explicou.


Além disso, podem vivenciar problemas intelectuais. Em média, o potencial intelectual será ligeiramente diminuído, explicou Campbell.


"Se seu potencial genético seria ter um QI de 120, dependendo de quão pequeno você era quando nasceu ou se era muito doente, poderia cair para cerca de 110", disse ela.


Herway ressalta que mais estudos são necessários para entender melhor os impactos da prematuridade a longo prazo. "Às vezes, vemos crianças nascidas com 26 semanas e elas são totalmente normais", disse Herway.


"É uma combinação de fatores que vai determinar o desenvolvimento daquele indivíduo e nós realmente ainda não entendemos o assunto completamente".


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Fonte: Prematuro se iguala a bebê a termo até adolescência, diz estudo»

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