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Pesquisa aponta que qualidade da união do casal influencia diretamente no relacionamento com as crianças
As consequências de brigas entre pais e mães respingam no relacionamento deles com seus filhos. É o que aponta uma nova pesquisa americana conduzida na Universidade Metodista do Sul (SMU), em Dalas. (Confira, na galeria de fotos ao final da página, 15 atitudes que afastam pais e filhos)
De acordo com a autora do estudo, a professora assistente de psicologia na SMU Chrystyna D. Kouros, o estudo mostra que a qualidade da união do casal impacta o vínculo dos pais com os filhos.
Os pesquisadores analisaram 203 famílias que preencheram questionários diários por 15 dias. Pais e mães classificavam a qualidade do relacionamento entre eles e também da relação com os filhos. Os relatórios mostraram que quando os pais admitiam conflitos no casamento, simultaneamente, mencionavam tensão nas relações com as crianças.
Pai x mãe
Apesar do estudo determinar que os relacionamentos de uma maneira geral sofrem com as brigas, os pais são os que mais deixam esses conflitos interferir nas relações com os filhos. Segundo, as mulheres parecem ter uma melhor habilidade de separar as esferas da vida cotidiana e, no dia seguinte às brigas, já estabelecem novamente uma boa relação com os filhos. Enquanto os homens prolongam um pouco mais a situação.
“A qualidade ruim de um casamento parece ser até mesmo uma chance de melhorar o relacionamento das mães com seus filhos. No dia do conflito, as relações ficam comprometidas, mas, no dia seguinte, elas conseguem melhorar o relacionamento com as crianças”, afirma Chrystyna em comunicado da universidade.
“Isso não acontece com os pais que, mesmo depois de um dia, continuam se relacionando com as crianças de forma mais tensa”, completa a pesquisadora.
>> Confira 15 atitudes que afastam pais e filhos (leia aqui o texto completo):
Levar trabalho para casa todos os dias: as horas em que todos estão juntos são para brincar e conversar. Dedique-se às burocracias apenas no horário comercial
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Brigar com o cônjuge na frente dos filhos: presenciar discussões entristece especialmente os menores. Em suas fantasias, eles são os culpados pelas brigas
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Aparelhos eletrônicos nas refeições em família: usados à mesa, alienam os usuários, que ficam hipnotizados pela internet na tela e não conversam
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Usar o trajeto de casa até a escola só para dar broncas: o tempo que poderia ser usado para criar conexões acaba se tornando um momento temido e traumático
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Terceirizar a educação dos filhos: avós, babás e escola podem auxiliar, mas não devem ser os responsáveis pela criação dos pequenos. Esse papel cabe aos pais
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Tentar comprar o amor dos filhos com presentes: dar um brinquedo não compensa a falta de carinho no dia a dia. A criança se sente ‘à venda’ e fica infeliz
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Mexer no celular do adolescente: no aparelho estão conversas e fotos que, se ele quisesse tornar públicas, colocaria nas redes sociais. É o fim da confiança
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Bisbilhotar armários e gavetas do adolescente: procurar provas de deslizes demonstra falta de diálogo e, se o filho descobrir, nunca mais confiará nos pais
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Não participar das brincadeiras infantis por achar que vai atrapalhar: a criança fica frustrada, pois espera que os pais ajudem e se divirtam com elas
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Não dar espaço para os adolescentes: a partir dos 14 anos, é normal querer ficar só ou com os amigos. Entrar nesse espaço sem que eles solicitem os irrita
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Distrair a criança com eletrônicos no restaurante: os pais que fazem isso alegam querer mais tranquilidade, mas filhos acabam se sentindo alheios à família
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Não prestar atenção quando a criança conta algo: ela perceberá e perderá, aos poucos, a vontade de conversar, criando uma barreira de diálogo entre vocês
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Reprovar todos os namoros dos adolescentes: se está namorando, é porque viu qualidades. A reprovação apenas fará o filho ou a filha namorar escondido
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Excesso de cobrança por notas sem acompanhar a lição de casa: pais que cobram ‘porque estão pagando’ deixam a criança insegura e se sentindo uma mercadoria
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Tratar os filhos eternamente como bebês: pode até ser por carinho, mas eles entendem que eram mais queridos quando pequenos, que maiores são ‘sem graça’
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Fonte: Brigas entre os pais prejudicam vínculo com os filhos»
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