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Leoleli Camargo


Pesquisa aponta: se apressar para completar uma tarefa o mais rápido possível, mesmo que isso signifique ter mais trabalho, é tão comum como deixar tudo para depois

Brasileiro deixa tudo para a última hora. Verdadeira ou não, a frase ilustra bem o que quer dizer a palavra procrastinar, que significa adiar, protelar algo.


Pois um grupo de pesquisadores da Pennsylvania State University, nos Estados Unidos, acaba de forjar uma nova palavra para explicar a mania de fazer exatamente o contrário, ou seja, se apressar para terminar uma tarefa mesmo que isso signifique o dobro de esforço: ‘pré-crastinar’.


A expressão recém-criada pelo professor de Psicologia David Rosenbaum e seus colegas Lanyung Gong e Cory Adam Potts está inclusive no título de um estudo publicado recentemente no periódico Psychological Science, no qual Rosenbaum e seu grupo descrevem e analisam a tendência – bastante frequente, segundo eles.


“Pré-crastinadora é aquela pessoa que responde imediatamente todos os e-mails que recebe sem ao menos pensar um pouco se isso é mesmo o melhor a fazer. Ou então aquela paga uma conta de mil dólares com vencimento daqui a seis meses só para tirá-la da frente, sem perceber que se depositar esse dinheiro no banco ainda poderá ganhar um pouquinho com os juros”, exemplificou Rosenbaum em entrevista ao Delas.


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O professor conta que ele e sua equipe praticamente tropeçaram nesse comportamento durante um experimento que conduziam para avaliar a relação entre o peso de uma carga e o quão longe as pessoas estariam dispostas a carregá-la. Ao testar a configuração experimental do estudo, os pesquisadores perceberam que a maioria dos participantes escolheu a ação que dispendia mais esforço físico. Quando perguntados sobre o porquê dessa atitude eles responderam que queriam simplesmente terminar logo a tarefa.


Rosenbaum e equipe acreditam que a hipótese mais provável para explicar esse comportamento estaria associada à memória de trabalho – aquela que usamos no dia a dia, para lembrar, por exemplo, de um número de telefone que precisamos digitar no teclado do celular.


“As tarefas que temos de cumprir ficam na nossa memória de trabalho como parte de uma lista mental de afazeres. E temos muitas coisas para fazer, o tempo todo. O desejo de aliviar essa carga mental é tão forte, que por vezes nos dispomos a gastar mais energia para fazer algo apenas para tirarmos aquilo da nossa cabeça”, explicou Rosenbaum.


O próximo passo no estudo da ‘pré-crastinação’ é repetir o experimento junto com um teste de memória. Aprender mais sobre esse comportamento, segundo o pesquisador, pode ajudar as pessoas a entenderem que, por vezes, o mais prudente é mesmo deixar algumas tarefas para o dia seguinte.


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Fonte: Você é um ‘pré-crastinador’?»

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