Há mulheres que detestam ficar menstruadas, outras que se sentem aliviadas quando o ciclo se completa. No primeiro caso, cólicas constantes prejudicam o rendimento no trabalho ou faculdade e, durante a TPM (tensão pré-menstrual), elas chegam a nocautear maridos e namorados. Conheça as causas e, também, soluções para livrar-se de uma vez por todas deste mal estar. Por que sentimos cólica? No ciclo menstrual, o óvulo não fecundado é eliminado, causando alterações no endométrio (membrana que reveste o útero). Durante este processo, ocorre isquemia nas células uterinas (baixa irrigação sanguínea), ocasionando dor. O nome científico da cólica menstrual é dismenorréia primária (as secundárias, são consideradas patológicas). Sua intensidade, branda ou pungente, explica-se pela quantidade de prostaglandina no útero. Tome cuidado!“Para os transtornos relacionados ao ciclo menstrual, o diagnóstico é clínico”, explica a ginecologista Denise Drumond. Isto significa que a paciente deve ter uma boa conversa com o seu médico, sem que nenhum dado seja omitido. Acontece de a paciente achar que está sofrendo com cólicas menstruais e, na verdade, apresentar dismenorréia secundária (do tipo patológico). Neste caso, dores no útero podem ser em função do uso de DIU, evolução de um mioma, pólipo interuterino ou endometriose inflamatória-pélvica. Cortar, ou não, o mal pela raiz? Mas não só de cólicas vivem as mulheres. Outro mito do ciclo menstrual é a tensão pré-menstrual (TPM). Luciana Ramos Lavorato, 26, sempre sofreu com as dores da cólica, mas era a TPM que a tirava do sério. Cansada de sofrer, resolveu cortar o mal pela raíz – parou de menstruar. “Durante o período pré-menstrual, tinha vontade de morder as pessoas quando contrariada, brigava com motorista de ônibus e os dois maridos que tive sempre reclamaram da minha oscilação de humor”, relata Luciana, que diz sofrer de TPM desde os 15 anos. Depois de assistir pela TV uma entrevista com o ginecologista baiano Eusimar Coutinho, autor do polêmico livro “Menstruação, a Sangria Inútil”, ela tomou a decisão de suspender o ciclo através do uso contínuo de pílula anticoncepcional, tendo o apoio de sua ginecologista. TPM, a síndrome A tensão pré-menstrual ou síndrome pré-menstrual é caracterizada por alterações emocionais, transtornos psicossomáticos e comportamentais. Lesões orgânicas, como a queda de prostaglandina e várias vitaminas, como a B6, A e E são produzidas por influências psíquicas, consideradas, até hoje, um “mistério”. Por exemplo, a ginecologista e obstetra Denise Drumond explica que a mulher com TPM sofre de um certo “transtorno do eixo hipotálamo-hipófise-ovário”, mas por que isto acontece, a ciência ainda não conseguiu explicar. Além da alteração em áreas cerebrais de extrema importância (a hipófise, por exemplo, controla a temperatura do corpo e o sono), durante a síndrome há queda de beta-endorfinas, de prostaglandina (do tipo F2-alfa, E2, D) e vitaminas B6, A e E, além de refração líquida. Nesta época, a mulher pode sofrer de depressão, oscilações de humor, ansiedade e dor nos seios. Solução natural: dieta e exercício físico Evitar – substâncias estimulantes, como derivados de cafeína, cola e xantina Não fume! Reduzir – uso de bebida alcóolica, sal marinho e açúcar refinado Preferir – alimentos diuréticos, como morango, melancia, salsa e agrião. Em sua dieta, dê preferência a verduras e legumes. Habitue-se a dormir bem Pratique exercício físico regularmente, eles propiciam o auto-controle e estimulam a produção de beta-endorfinas no organismo. As atividades mais recomendadas são: hidroginástica, yoga, tai-chi-chuan e massagens relaxantes. Castração químicaA ginecologista e obstetra Denise Drumond também encoraja suas pacientes em suspender a menstruação quando julga necessário. “Mal não faz, mas o profissional deve fazer um exame físico detalhado, para que a solução não vire mais um problema”, alerta Denise. Existem pacientes que não se adaptam ao uso contínuo de anticoncepcionais. Outras alternativas para a “castração química” são: pílula injetável (90/90 dias), uso de análogo de Gnrh, danasol ou gestinona. Mas não se auto-medique: procure a opinião do seu médico. Fonte: Acessa
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