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Henry estava muito preocupado em eu ter entendido errado sobre aquela loira na lanchonete da faculdade. Na verdade nunca fui ciumenta, nunca mesmo, tenho equilíbrio o bastante ao ponto de não me entregar a tamanha insegurança e me tornar uma namorada obessesiva e ciumenta. Sai da lanchonete como um foguete e peguei o primeiro ônibus que estava parado no ponto, logo a frente da faculdade, vi ele correndo atrás de mim, mas foi incapaz de me alcançar a tempo. Ele me ligou várias vezes e mandou mensagem também, não queria falar com ninguém, fiquei o resto do dia trancada no quarto.
Quando deu meia noite, resolvi atendê-lo:
- Alô?
- Te ligo desde de cedo Ana, o que aconteceu?
- Já disse que não aconteceu nada!
- O que você esta pensando? A Jennifer não é ninguém, ninguém importante, quer dizer... não mais!
- Hunrumm. Apenas murmurei. Se tinha algo que o Henry nunca fez, nem nunca faria, era mentir pra mim, essa era uma das coisas que me fazia adimirá-lo ainda mais. Ele iria falar a verdade e eu nem precisava me preocupar com isso.
Nas próximas horas ele me contou sua história com a Jennifer, ela era sua ex namorada que tinha viajado para o exterior por causa dos pais, ele me disse todos os detalhes e me pediu perdão por não ter contado antes. Ela prometeu que voltaria e ele prometeu que iria esperá-la e assim que isso acontecesse eles iriam voltar a ficar juntos, mas não tinha como saber quando isso iria acontecer, foi o que ele me contou e eu acreditei, lógico. Não havia motivo para mentira, mas agora eu existia e uma decisão precisava ser tomada. Resolvi não dizer mais nada e disse que conversaríamos amanhã. Era só o que me faltava, uma ex, uma promessa e uma decisão definitiva que só eu podia tomar!

Necessitava urgentemente desabafar com alguém, estava sufocada com tanta coisa na minha cabeça. Disquei o número de Edu, ah Edu, meu amigo, meu melhor amigo, que saudade das nossas tardes juntos, das nossas conversas despreocupadas, da nossa amizade tão pura, tão linda. Desliguei antes dele atender, já era tarde e o que eu ia dizer? Edu, estou ficando louca, me entreguei mais do que devia a pessoa errada e estou me sentindo um lixo. Não, eu não podia dizer isso, não podia contar pra ninguém, tinha vergonha dessa situação.
Como prometi, aceitei conversar com Henry na nossa prainha de sempre, ele repetiu a história outra vez, mesmo dizendo que já entendi tudo, ele disse que precisava contar olhando nos meus olhos.
- Você esta indecifrável, Ana. Não vai dizer nada pra mim? Ele perguntou.
- O que quer que eu diga?
- Qualquer coisa! Me odei, me xingue, me bata, só não fique calada, por favor. Henry quase suplicou.
- Confio em você, não vou fazer nada disso, acredito no que disse. Respondi com toda paciência do mundo. Nós nunca havíamos brigado antes e não era agora que isso iria acontecer, não existia motivo para isso. Começamos a nos beijar fervorosamente depois de conversarmos o bastante por longas horas, mais uma vez notei que tinha tempo que não faziamos isso. Os amassos caminhou para o mesmo caminho errado outra vez, estavamos rolando na areia, como se o mundo tivesse parado só para nós, meu jeans estava aberto e abaixado até a minha coxa, a blusa rosa de manga curta que usava já estava próximo ao mar e Henry tinha tirado a camisa também. Era sempre assim que terminava nossos encontros às escondidas, eu adorava aquilo, mesmo sabendo que era errado, mesmo negando com a boca, ele já me conhecia muito bem e toda vez que pedia para que parece era como se dissese continua, não para nunca mais.
- Por favor Henry, não posso fazer isso. Murmurei em meio a seus beijos quentes.
- Você quer que eu sei, eu te amo!
- Para, eu não quero... não quero! Supliquei agarrando suas costas com mais força.
- Não é isso que seu corpo esta dizendo.

O tempo passava voando quando estavamos assim e depois daquilo tudo chegava em casa em desespero incessante. Chorava horas no meu quarto com o lençol abafando os soluços, não conseguia mais orar, fazer a mesma oração de sempre, usar as mesmas palavras, dizer que estava arrependida e fazer tudo igual de novo. Eram oito horas da noite quando minha mãe bateu na porta do quarto e falou que Edu estava lá em baixo querendo conversar comigo. Tentei esconder a voz embargada e pedi para ela mandar ele subir. Minha mãe gostava tanto do Edu, todo mundo gostava.
- Boa noite Aninha. Chamou Edu, abrindo a porta devagar. 
- Oi, Edu, que saudade de você. Estava mesmo com muita saudade, eu amava aquele garoto, ele só me chamava assim, de Aninha, quando erámos crianças, como pode ainda se lembrar disso.
- Aninha, porque você some assim, você não é disso. Aquele dia na igreja foi o último dia que ouvi sua voz até agora.
- Ah Edu, pensei em ti ligar mas mudei de ideia...
- Porque? Você pode me ligar quando quiser, sabe disso!
- Eu sei, mas adimito que não estou sendo uma boa companhia esses dias, não vê? Não tô legal, nem um pouco!
- Estou vendo, mas ninguém pode tirar dessa, só você mesma.
- Sempre dizendo as palavras certas, não é?
Jogamos conversa fora até as 10 da noite, quando minha mãe trouxe o jantar pra nós, ele não insistiu para que eu contasse o que estava acontecendo, apenas me fez companhia, me tirou alguns risos, fez com que me sentisse melhor apenas por esta conversando com alguém que gostava tanto de mim. Depois de comermos, pedi para que ficasse mais um pouco, mas sabia que não poderia, amanhã tinha aula logo cedo e ele não devia dormir ali comigo.

Ao chegar na faculdade meu celular vibrou na bolsa, era uma mensagem:

Ana, aconteceu uma coisa que você precisa saber! Estou te esperando na sala 13.

A mensagem era da Lua, não podia evitar de pensar besteira, o que podia ser agora? 
- Ana, vem cá rápido! Disse Lua assim que entrei na sala vazia. 
- Olha só... Ela estava na janela e apontava para duas pessoas no andar de baixo, era ele e ela, Henry e Jennifer, estavam conversando perto demais ainda que civilizadamente.
- O que é isso? Perguntei.
- Faz horas que eles estão lá embaixo, conversando sobre alguma coisa tensa, depois engraçada e agora... Ela fez uma pausa.
- Agora estão se tocando muito e ele parece triste, mas ela esta feliz. Completei o que era óbvio.
- Sim, isso mesmo.

Disse para ela ir pra sala comigo, não falei mais nada até o fim da manhã. Como sempre Henry estava me esperando no seu carro preto e charmoso. Nos agarramos no carro, depois na praia, assim que ele me contou que havia conversado com a Jennifer e aunciou ter decidido que seriam amigos.

Continua...

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