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Levantei no dia seguinte com a certeza que seria tudo ou nada, eu tinha que tomar uma decisão definitiva.
Antes de sair para faculdade me ajoelhei aos pés da cama e orei:

- Meu Deus, eu sei que não mereço seu amor, tão pouco seu perdão, mas também sei que não posso continuar desse jeito, eu errei, errei feio, me envolvendo com alguém tão diferente do Senhor, totalmente contrário aos princípios que sempre aprendi e obedeci desde pequena. Reconheço que só pode ser por causa dele que tenho estado assim tão longe, mas o amor, o Senhor criou o amor, o Senhor é o próprio amor e eu o amo. Como pode isso ser tão errado e esta me fazendo tanto mal?

Lágrimas começaram a correr nos meus olhos, um aperto no peito me impediu de continuar falando e depois disso eu só chorei, chorei até soluçar. Me lembrei daquele versículo, Deus entendia até os meus gemidos inexprimíveis, Ele sabia muito bem o que estava sentindo, após alguns minutos sufocantes de choro e dor, eu disse abrindo os olhos:

- Me ajude, por favor, me ajude a tomar a decisão certa!

Foi a única frase que consegui pronunciar, levantei e me deparei com uma Analize triste, com olhos fundos, vermelhos e inchados, estava inteiramente abatida. Lavei o rosto, esfregando a região dos olhos e da boca ferozmente e desesperadamente. Enxuguei por alguns instantes, ao olhar o relógio vi que já estava uma hora atrasada e me apressei.
Quando cheguei na sala da faculdade, avistei as meninas, Lua e Cassie, no fundo conversando com olhares preocupados. Aproximei-me cautelosamente:
- Ana, esta tudo bem? Perguntou Lua com preocupação.
- Você nunca se atrasa ou falta a aula sem antes avisar pelo menos... E hoje é dia de prova, esqueceu? Continuou Cassie.
- É verdade, esta tudo bem meninas, eu vou ficar bem.
- Você esta... destruída Ana. Lua quase sussurrou, constatando o que já sabia.
- Perdeu a prova Ana, foi no primeiro horário. Anunciou Cassie.
- Eu sei Cassie e não posso fazer mais nada com relação a isso.
- Quer saber é aquele cara não é? É o Henry que tá te deixando desse jeito!
- O que? Aquele cara? Não são vocês que são super amigas desse cara? Falei olhando para as duas.
- É eu sei, mas ele não esta te fazendo nenhum bem Ana, não percebe?
- Como assim? O problema não é ele, sou eu!

Respondi mais alto do que devia e dei meia volta, sai da sala em direção a lanchonete. Estava completamente arrasada por dentro e todos estavam notando isso, será que só eu não via?
Pedi um café extra-forte, eu nunca bebia café, mas precisava disso. Uns minutos depois Henry aparece sorridente, o que não demorou muito quando me viu daquele jeito.
- Hey, o que faz aqui? O que aconteceu com você?
- Comigo? Nada!
- Você esta péssima! Anunciou ele com olhos cheios de afeto.
- Não estou não, impressão sua!
- Você nunca bebe café! Porque esta aqui, não devia esta na aula?
É incrível como ele me conhece tão bem.
- Desde de quando você se preocupa com isso? Foi inevitável não ri ao dizer isso, mas ele entendeu errado.
- Claro que eu me preocupo com você, é semana de prova, devia esta na sala.
- Eu sei, não quis dizer isso. Me atrasei e perdi a prova!
De repente ele muda completamente de assunto e se aproxima sem nenhuma hesitação, afasta a cadeira ao meu lado e senta tocando o meu queixo suavemente, forçando que eu olhe para ele.
- Amor... o que tem te deixado desse jeito?
Essa é a hora, mesmo com tanta gente ao redor, eu precisava falar o que estava acontecendo, não podia continuar assim, tinha que conversar com alguém, conversar com ele. Faz tempo que não para ninguém sobre o que de fato acontece dentro de mim, o que de fato acontece quando Henry e eu estamos sozinhos, é uma espécie estranha de paixão e desejo incontroláveis, eu o desejo com todo o meu ser, mas isso tem que acabar. Abro a boca com a intenção de desabafar, entretanto não consigo.
Porém hesitante, Henry me beija com doçura, sem desejo, sem furor, apenas de maneira suave e romântica, tentei evitar mas acabei correspondendo. Lágrimas correram dos meus olhos, uma ponta de dor e culpa pulsaram no meu coração. Passaram alguns segundos do beijo mais lindo que ele me deu e fomos interrompidos por uma voz melosa. Olhei assustada, não conhecia aquela voz, que estranha iria interromper o beijo de dois apaixonados?
- Henry, como vai você? Uma loira estonteante apareceu na nossa frente cumprimentando Henry com certa intimidade que me incomodou um pouco.
- Jennifer? O que faz aqui? Henry diz incrédulo, como se visse um fantasma. Então ao que parecia os dois se conheciam, há muito tempo por sinal. Fiquei sem chão e decidir ir embora.
- Vou indo Henry. Anunciei.
- Espera... amor! Disse olhando para a loira.
- Preciso conversar com você agora mesmo. Falou a tal da Jennifer como se eu nem estivesse ali, no entanto sua voz estava tranquila e educada.
- Não temos nada para conversar, não vê? Estou ocupado! Pelo que conhecia do meu namorado misterioso, ele estava começando a ficar furioso.
- Onde você vai? Eu levo você. Continuou dizendo, dessa vez olhando nos meus olhos.
- Não precisa, vou sozinha.

Continua...

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